Dia 10 de Junho, Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades portuguesas, um dia que a tantos portugueses enche de orgulho, principalmente à comunidade portuguesa espalhada pelos quatro cantos do mundo.
Foi em frente à Camara Municipal de Winnipeg que cerca de 200 portugueses e lusodescendentes, num dia de muito sol e calor, se reuniram para comemorar o seu dia, o dia de todos os portugueses. Pelo segundo ano consecutivo o Presidente da Camara de Winnipeg, este ano na pessoa de Brian Bowman, recebeu a comunidade portuguesa e permitiu o hastear da nossa bandeira, enquanto o hino de Portugal foi cantado em plena Main Street.
A comitiva que este ano recebeu a comunidade portuguesa fez-se representar pelo Presidente da Camara Brian Bowman, o Cônsul de Portugal em Winnipeg Paulo Jorge Cabral, o Padre André Lico, o Deputy Mayor Mike Pagtakhan e a Councillor Cindy Gilroy.
O discurso do Presidente da Camara Brian Bowman, ficou marcado pelo exaltamento dos portugueses enquanto parte integrante e fundamental da cidade de Winnipeg, visto serem cidadãos activos e participantes na sua comunidade.
O nosso Cônsul, Paulo Jorge Cabral, reforçou a ideia dos portugueses enquanto força económica desta cidade e do Canadá. Sendo dever deste país valorizá-los e reconhecê-los como tal.
Entre os cerca de 200 participantes nas celebrações, fizeram-se notar as presenças dos representantes da Liga dos Combatentes, núcleo de Winnipeg; da Casa do Minho; da Associação Portuguesa de Manitoba; da Casa dos Açores; e da Banda Filarmónica Lira de Fátima, que proporcionou um excelente espectáculo de som antes dos discursos oficiais.
Enquanto portuguesa e enquanto emigrante considero que trazer o espírito desta data para a cidade que me acolheu é um sentimento enorme de orgulho. Afinal, o dia de Portugal o dia de honrar a nossa Bandeira em todo e qualquer pequeno cantinho do Mundo, onde se encontre um Português.
E para finalizar deixo-vos aqui um soneto consagrado ao 10 de Junho, dia de Portugal:
“Vens de longe e tens no peito um passado, Cheio de esperança, lutas, missas e glória. De quantos, com bravura, fizeram a história, E agora repousam no teu chão sagrado. Homens e mulheres, marinheiros e poetas, Zarparam do teu solo para vencer o mar. Em frágeis barcaças que o vento fez voar, Num mundo desconhecido, de portas abertas, Para dizerem a outras gentes e a outras raças, Que traziam com eles não só a cruz de Cristo, Mas também afiadas espadas nas barcaças. Quando aportavam noutros portos, em outros cais, Onde semearam crenças e genes sem igual, Aqueles que fizeram de ti este glorioso Portugal.” - João de Deus Rodrigues, poeta e prosador, no seu livro “De Memórias e Divagações”